Segundo a PF, organizações criminosas promoveram lavagem de dinheiro e má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas no DF e em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás. De acordo com a investigação, iniciada em 2012, a organização usava contas bancárias de empresas de fachada ou abertas em nomes de "laranjas".
No decorrer das investigações da Operação Miquéias, inicialmente focadas na apuração de crimes de lavagem de dinheiro, a PF descobriu que a organização também aliciava prefeitos e gestores de entidades previdenciárias para que aplicassem os recursos em fundos de investimento gerenciados pelas empresas participantes do esquema. Em troca, os agentes públicos receberiam um porcentual sobre o valor aplicado.
Nos 18 meses de investigação a polícia afirma que mais de R$ 300 milhões foram sacados pela organização criminosa. Segundo a PF, além de prefeitos e gestores, policiais civis do DF estão envolvidos no esquema. Eles seriam responsáveis pela "proteção" da organização. De acordo com balanço parcial da operação, das 17 prisões, 14 foram realizadas no Distrito Federal, duas no Rio e uma em Goiás. Os nomes não foram revelados.
A Polícia Federal afirma que esta é a primeira operação voltada ao combate desse tipo de crime. Foram verificadas irregularidades nas prefeituras de Manaus (AM), Ponta Porã (MS), Murtinho (MS), Queimados (RJ), Formosa (GO), Caldas Novas (GO), Cristalina (GO), Águas Lindas (GO), Itaberaí (GO), Pires do Rio (GO), Montividiu (GO), Jaru (RO), Barreirinhas (MA), Bom Jesus da Selva (MA) e Santa Luzia (MA).
Fonte: G1 notícias e Estadão
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