A hora da despedida... 


A gente percebe que cresceu quando o outro pede pra ir embora e você cede, sem culpa e sem dor. Sem aquele excesso de drama, certo exagero. Você no fundo sabe que se for pra ser seu, volta. Sabe que se for seu, fica. Sabe que tentar mudar e gritar vai. Vai por que ninguém quer carregar medo, nem desespero do lado. Homem quer companheira, mulher firme do lado. E isso é vice-versa.

Não dá pra sugar a energia do outro, tem que acrescentar. Acrescentar a tal da confiança, a pegada firme de mão, a passada lado a lado. Porque não é o amor que mantém o outro do lado. É o conjunto todo. Mas quando está faltando um pedaço fica difícil manter o ego. Vai cada um para o lado da cama e começa o esconde esconde de olhares.

Percebem cada um na sua metade que as prioridades mudaram e começa a ficar pesado. E no meio do caminho desiste, tropeça, anda sozinho. Sabe que aquele outro que está gritando o ir embora, fica. Fica por que sabe que é mais fácil passar a crise junto. Sabe que já cresceu o bastante pra entender que não dá pra andar sozinho. O equilíbrio passou a ser a dois. Às vezes a três, quatro com os filhos. Sabe que de nada serve o resto se não tiver o começo e o meio. Descobri que já cresceu e que o amor bonito daqueles que duram, tem suas crises e consequências.

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