Um dos crimes mais violentos da região, ainda arrasta na justiça e não foi julgado. A chacina de Unaí, como ficou conhecida e foi noticiada internacionalmente.

Nove pessoas até agora são envolvidas em um dos maiores atentados contra auditores fiscais do trabalho. O crime que vitimou três Auditores-Fiscais do Trabalho e o motorista do TEM e ocorreu em 28 de janeiro de 2004, quando eles faziam uma fiscalização de rotina.

O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício ao corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, pedindo agilidade no julgamento da ação penal sobre a chacina de Unaí, Minas Gerais, pelo Tribunal do Júri em Belo Horizonte. O crime, ocorrido em 2004, completará nove anos no dia 28 de janeiro sem que os denunciados tenham sido submetidos a julgamento.

Quatro servidores do Ministério do Trabalho, três fiscais e um motorista, foram mortos durante uma ação de fiscalização na área rural de Unaí, a 606 quilômetros de Belo Horizonte. Os fiscais Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram emboscados em uma rodovia vicinal. Eles foram executados com tiros na cabeça. O grupo investigava a ocorrência de trabalho análogo ao de escravo na região. Por causa da chacina, o dia 28 de janeiro é lembrado como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

O pedido de agilidade no julgamento foi feito pela coordenadora da Câmara Criminal do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, Nove pessoas foram indiciadas pelo crime. Quatro estão em liberdade, beneficiadas por habeas corpus e cinco continuam presas, mas nenhum até agora foi a julgamento.

*Com informações da Procuradoria Geral da República e Agência Brasil

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