A subida do Brasil no ranking é reflexo não só da recuperação do crescimento do país prevista pra 2013, mas também ocorre porque grandes economias desenvolvidas, sobretudo na Europa, devem ficar virtualmente estagnadas ou crescer muito pouco em 2013 e no ano seguinte, como consequência da crise na região.
Nas projeções do Citi, o Brasil deve se recuperar depois de um desempenho fraco em 2012, e o crescimento econômico deve ficar em 3,9% no ano que vem e em 4% no seguinte, como reflexo do conjunto de medidas de estímulo que o governo está tomando para reaquecer a economia.
Já a França deve recuar 0,2% em 2013 e crescer apenas 0,2% em 2014, de acordo com as estimativas do banco norte-americano. O Reino Unido deve se expandir em 0,8% e 1% nos mesmos períodos. Por isso, os dois países devem perder posições no ranking não apenas para o Brasil, mas também para a Índia, que deverá ser a sexta maior economia do mundo em 2015.
Trajetória
O Brasil foi um dos países emergentes que mais ganharam posições nos rankings das maiores economias mundiais nas últimas décadas. O Citi comparou o ranking das dez maiores economias do planeta em vários períodos, começando por 1980. Naquele ano o Brasil não aparecia, a Argentina era a décima maior economia do mundo e o México, a oitava.
Em 2000, o Brasil já figurava na décima posição, mas depois caiu para o 13º lugar, em 2004, para se recuperar em seguida e chegar em 2012 ao sétimo lugar. Já a Argentina nunca mais voltou ao ranking das dez maiores. O México também saiu da lista e, pelas projeções, não deve voltar.
"Este ano, quatro das dez maiores economias mundiais são mercados emergentes", destaca o analista do Citi e autor do estudo, Michael Saunders.
A projeção do banco norte-americano é de que esses países respondam por 50% do PIB global em 2020 e cerca de 60% em 2025. Naquele ano, a China já deverá ser a maior economia mundial, ultrapassando os EUA. A previsão é que a Índia seja a terceira.
A estimativa do Citi é de que em 2013, o investimento da China seja maior que o dos EUA e da zona do euro combinados. A Índia vai investir em 2014 mais do que Reino Unido e França juntos.
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