Em meio a enfrentamentos de Israel a Gaza, o mundo poderá
ver uma nova invasão de Israel a Faixa de Gaza. Israel mobilizou 75 mil
militares, além dos 16 mil militares mobilizados anteriormente.
Neste sábado, Israel bombardeou 200 alvos em Gaza –
inclusive a casa do premiê palestino – sendo retaliado com 60 foguetes palestinos.
'Prontos para
invadir'
Uma porta-voz militar de Israel disse à BBC que as tropas do
país alocadas na área de fronteira com Gaza estão prontas para invadir, caso o
governo israelense assim o determine.
Ela afirmou também que o Exército não vê distinção entre
alvos militares e políticos do Hamas, alegando que tudo o que estiver ligado ao
braço militar do grupo islâmico é considerado "alvo legítimo".
Em Israel, as sirenes de alerta voltaram a soar em Tel Aviv
neste sábado, e o Exército israelense afirmou ter interceptado um míssil vindo
de Gaza. Outro disparo aéreo atingiu um prédio residencial na cidade portuária
de Ashdod, deixando vários feridos.
Do lado palestino, a Cidade de Gaza foi atingida novamente
por uma nova série de explosões durante a madrugada.
Parte da sede do Hamas na região foi destruída, segundo
testemunhas. O quartel-general do grupo havia sido visitado na véspera pelo
primeiro-ministro do Egito, Hisham Qandil.
Em sua conta no Twitter, o correspondente da BBC em Gaza,
Jon Donnison, relatou: "Cinco grandes ataques aéreos estão chacoalhando
meu quarto agora. Parece perto".
Três membros das brigadas Izz al-Din al-Qassam, a ala
militar do Hamas, estariam entre os mortos durante a madrugada.
No campo de refugiados de Jabalia, ao norte da Faixa de
Gaza, ao menos 30 pessoas teriam ficado feridas após um míssil destruir a casa
de um diretor do Ministério da Informação.
Além dos edifícios do Hamas, os ataques de Israel
objetivaram transformadores elétricos e a rede de túneis usados para o
contrabando de bens e armas do Egito para Gaza.
Política
No cenário político a situação não é a mesma, na última
invasão de Israel a Gaza, o então presidente Hosni Mubarak era o presidente e
um forte aliado incondicional dos Estados Unidos. Diante disso vários políticos
da região condenaram Israel.
Durante sua breve visita, Qandil chamou os ataques de Israel
contra o território palestino de agressão. “O que testemunho em Gaza é um
desastre e não posso continuar calado. A agressão israelense tem que parar”,
disse o primeiro-ministro egípcio, durante uma visita a um hospital. “O Egito
não vai poupar esforços para deter a agressão e alcançar uma trégua.”
Gaza recebeu, este sábado, o Ministro dos Negócios
Estrangeiros da Tunísia, também ele oriundo da nova ordem pós-Primavera Árabe.
Uma nova ordem que Rafik Abdessalem fez questão de lembrar a Israel: “Israel
tem de compreender que muitas coisas mudaram e que muita água correu debaixo da
ponte árabe. Israel tem de tomar consciência de que não pode agir como quer,
que já não goza de uma imunidade total e que não está acima da lei.”
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyio Erdogan,
manifestou seu apoio a Gaza, chamando de "bárbara" a postura
israelense.
Com informações BBC Brasil, Valor, Naval Brasil
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