Tropas do Exército libanês ocuparam as ruas de Beirute em meio a uma escalada de violência após o atentado que matou um chefe de inteligência, oponente importante no envolvimento do país com a guerra civil síria. Pelo menos seis pessoas morreram somente ontem devido a confrontos sectários e entre manifestantes e forças de segurança.
A onda de violência ganhou intensidade neste final de semana, durante o funeral de Wissam al-Hassan, morto na sexta-feira devido à explosão de um carro-bomba. Imediatamente após o episódio multiplicaram-se as acusações de envolvimento do regime de Damasco no atentado.
O atentado foi atribuído a grupos xiitas ligados ao Hezbollah (grupo que apoia o regime de Assad). Devido à revolta, pelo menos 11 pessoas morreram nos últimos quatro dias em Trípoli. Segundo fontes de segurança, as mortes ocorreram durante um tiroteio na divisão entre os bairros de Bab Tabbaneh, de maioria sunita, e Jabal Mohsen, dominado por alauitas.
A oposição convocou manifestações, pedindo a renúncia do governo dominado pelo Hezbollah, sob acusações de estar ligado demais a Damasco. Em Washington, o Departamento de Estado manifestou preocupação com a onda de violência no Líbano, e declarou que o país vai enviar uma equipe do FBI (a polícia federal) para ajudar nas investigações do atentado.
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