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Líderes nacionais se movimentam para tirar melhor proveito do resultado das urnas
Dilma quer apagar ressentimentos provocados pelas disputas entre partidos da base, diante da hipótese concreta de uma candidatura de Eduardo Campos à Presidência, que poderia dividir os aliados. A presidente também está preocupada em desatar alguns nós do Congresso, para cumprir promessas como a redução nas contas de luz. A medida provisória que trata do tema recebeu 400 emendas de parlamentares e virou uma dor de cabeça para o Ministério de Minas e Energia.
Antecipada a discussão sobre seus possíveis concorrentes em 2014, Dilma tenta desfazer a imagem de inoperância em áreas cruciais, em especial a infraestrutura, prato cheio para os presidenciáveis. Com os prazos apertados para a Copa e para a Olimpíada, o governo corre para lançar o novo modelo de concessão de portos e aeroportos, empurrado para depois do 2.º turno.
Os temas nacionais entraram, nos últimos dias, no discurso de Eduardo Campos, fortalecido desde o primeiro turno por vitórias em Recife e em Belo Horizonte. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, Campos pediu mobilização “de quem é e quem não é da base do governo” e cobrou ações mais efetivas do governo para enfrentar a crise econômica internacional.
O governador e presidente do PSB lembrou a medida provisória da redução do preço da energia emperrada no Congresso. “Se a gente ficar discutindo 2014, a energia continuará cara, vai tirar a competitividade da empresa brasileira, com isso pode afetar o mercado de trabalho”, disse o governador.
Apesar da redução do número de prefeituras do PSDB entre 2008 e 2012, o tucano Aécio Neves se fortaleceu internamente com a derrota de José Serra e aprofundou a aliança com Eduardo Campos. Aécio endureceu o discurso contra Dilma e o governo, o que deve se manter depois da eleição. O senador tucano pega carona no discurso do “novo” que funcionou na capital paulista com Fernando Haddad e comemora que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha falado ontem em “renovação” do PSDB. O mesmo discurso tem sido feito pelo prefeito eleito de Manaus, o ex-senador tucano Arthur Virgílio.
Para Aécio, as vitórias de tucanos como Virgílio e Rui Palmeira, em Maceió, ajudam a tirar o caráter “paulista” do PSDB.
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