Rio de Janeiro - Graças ao reajuste dos combustíveis na refinaria, a Petrobras recuperou-se do prejuízo registrado no segundo trimestre deste ano e lucrou R$ 5,567 bilhões de julho a setembro. Entre abril e junho, a empresa registrara perda de R$ 1,346 bilhão, a primeira desde 1999.
Dois outros fatores permitiram o balanço da Petrobras passar do vermelho ao azul: um número menor de baixas contábeis decorrentes de poços secos perfurados (o que se traduz em perdas para a companhia) e a estabilidade do câmbio, que evitou um impacto negativo sobre o endividamento da companhia.
Com o aumento dos preços de gasolina na refinaria (ao consumidor, a alta foi anulada pela redução de tributos), a Petrobras ampliou seu faturamento em 8% do segundo para o terceiro trimestre, para R$ 73,8 bilhões. A correção, porém, não foi suficiente para compensar a defasagem em relação às cotações dos derivados no mercado externo.
INDICADORES FRACOS
Diante disso, a Petrobras mantém indicadores mais fracos do que no ano passado. O lucro da companhia caiu 12% ante os R$ 6,3 bilhões registrados no terceiro trimestre de 2011. Nos nove primeiros meses deste ano, a estatal lucrou R$ 13,4 bilhões, 52% menos que em igual período de 2011.
Com a política oficial de conter reajustes de combustíveis, a Petrobras não consegue aproveitar o bom momento do mercado - o consumo de derivados de petróleo subiu 4% só no terceiro trimestre. Não fosse esse efeito, o desempenho da estatal seria bem melhor e ela teria mais fôlego para realizar investimentos, segundo avaliação de analistas.
A expectativa é que, diante do repique inflacionário, um reajuste da gasolina só virá em 2013.
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